terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Violação e abuso sexual são prática corrente no Darfur.

Um relatório da organização de direitos humanos, Human Rights Watch, conclui que violação e abuso sexual são prática corrente no Darfur.

Depois de cinco anos de conflito, mulheres e raparigas continuam a ser vítimas tanto de guerrilheiros rebeldes como de milícias e soldados do governo.

Nem as tropas de segurança Sudanesas nem as forças internacionais de manutenção da paz têm feito o suficiente para proteger as mulheres, acrescenta a organização não-governamental com sede em Nova Iorque.

[…] Impunidade

A maior parte das vítimas tem medo de relatar os ataques e apresentar queixa; e quando o fazem, a polícia sudanesa não age. Quanto aos soldados do governo sudanês, têm imunidade judicial nos tribunais civis.

[…] Nos primeiros anos do conflito, os ataques por parte das milícias pro-governamentais, Janjaweed, faziam parte de uma estratégia para aterrorizar civis e forçá-los a abandonar as suas casas.

Mas a Human Rights Watch avisa que há uma mudança de padrão, com os abusos sexuais e violações a ocorrerem tanto em períodos de calmaria como durante os ataques às aldeias e vilas da região.

Mais capacetes azuis

As mulheres vêem-se obrigadas a aventurar-se fora dos campos para apanhar lenha, e são atacadas nas fronteiras dos campos de refugiados.

A Humans Rights Watch apela a uma maior patrulha das franjas dos campos de deslocados e ao aumento das forças de manutenção da paz, visto que a presença das tropas internacionais aparentemente inibe os ataques.

[…] A violência sexual tem sido uma constante no Darfur e é já uma marcada característica desta catástrofe humanitária.

Fonte: BBC África


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